Muitos me questionam sobre os pontinhos pretos na superfície de cerâmicas e porcelanatos de cor clara e uniforme. Posso dizer que ele me persegue desde os tempos que eu era gerente industrial de cerâmicas em SC.
Normalmente é um pedacinho de massa que se rompe da base da cerâmica e que se torna visível durante a queima no forno. Não aumenta de tamanho com o tempo, não “estoura”, não fica mais visível.
Não existe norma específica. A única “norma” é: se for difícil de ser visto, não é defeito.
Mesmo na escolha eletrônica não há como visualizar aqueles bem pequenos, muito menos os treinados classificadores que ficam na saída dos fornos.
Na verdade, eles só são percebidos quando um defeito maior é encontrado em um lote e a equipe começa a procurar por outros aproximando dos olhos. Não é assim que é feito na fábrica!
Acima ☝️ como deve ser feita a avaliação dos pontinhos pretos na fábrica, no laboratório e na obra (também falamos sobre isso aqui).
“O produto pertence à qualidade A quando o observador posicionado a 1 metro de distância da face da peça não verifica defeito algum”.
Além disso, diz que a qualidade A “permite até 5% de cerâmicas com pequenos defeitos ou variação de tonalidade”.
👉 faz um painel no chão com peças de diversas caixas
👉 quem vai avaliar deve ficar a 1 metro de distância do painel
Lembro que a verificação na obra deve ser feita por amostragem, como também é feito na fábrica depois que o produto é paletizado. A supervisora abre caixas de paletes diferentes e se tiver dúvidas ela as coloca no chão e avalia nas condições de uso.
Difícil de ver? Libera.
Se for visível e acima dos 5%, retém o palete.
Se for visível e quantidade até 5%, o palete é liberado.
Em cerâmicas brilhantes os pontinhos pretos serão mais visíveis que em cerâmicas acetinadas.
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